Empregos verdes crescem, segundo estudo da WWF

Portugal – Um relatório da WWF indica que os empregos gerados em setores mais preocupados ambientalmente já estão ultrapassando os das indústrias poluentes tradicionais. Já são 3,4 milhões de postos de trabalho relacionados com as energias renováveis, os “transportes sustentáveis e bens e serviços energeticamente eficientes”, o emprego “com baixas emissões de carbono”.

Comparando com os 2,8 milhões de empregos criados em indústrias poluentes – exploração de minério, eletricidade, gás, cimento e ferro e aço – a conclusão da WWF é que a economia verde crescerá nos próximos anos e o emprego nas indústrias extrativas e poluentes diminuirá.

Segundo os dados disponibilizados, e tratados pela organização, há hoje em dia 400 mil trabalhadores europeus nas áreas das energias renováveis, 2,1 milhões em transportes “eficientes” e 900 mil em bens e serviços “amigos do ambiente”. Entre estes postos de trabalho incluem-se os de empresas de construção, instalação e manutenção de parques eólicas e painéis solares, construção civil com vista ao melhoramento de eficiência energética, além de postos de trabalho indiretos.

Crítica ao Conselho Europeu

No site da WWF, o responsável de Políticas Climáticas e Energéticas Europeias, Jason Anderson, diz que o “estudo prova que as políticas e tecnologias preocupadas com o ambiente são uma contribuição positiva para a economia” e que a pode impulsionar: “Se os políticos continuarem a apoiar indústrias poluentes, a Europa terá de enfrentar custos elevados dessa decisão no futuro, tanto em termos econômicos como no meio ambiente.”

Este estudo, publicado na semana passada, seria uma forma de pressionar a reunião do Conselho Europeu para reduzir as emissões de gases que aumentem o efeito de estufa e a mudança para uma economia verde. Num comunicado emitido depois dessa reunião, a organização ambientalista criticou um novo adiamento do Conselho Europeu em tomar decisões que controlem as alterações climáticas.

Jason Anderson diz que os líderes europeus estiveram bem ao afirmar que é missão da comunidade internacional acelerar as negociações com vista a limitar o aquecimento global, mas levanta a questão: Por que não tomaram nenhuma decisão com vista a esse objetivo?”.

Veja a notícia no site da PROCEL

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